Prepare a pipoca, porque o PIX Contestação promete ser o reality show mais emocionante do Brasil. O enredo é simples: de um lado, vítimas de fraudes comemorando; do outro, trabalhadores desesperados com o risco de calote.
O recurso funciona como botão vermelho: apertou, congela. Depois, os bancos têm sete dias para decidir quem é o mocinho e quem é o vilão. Até lá, o dinheiro fica na prisão provisória.
O problema é que o brasileiro é criativo. Se tem brecha, tem golpe. Já apelidaram de “PIX bate e volta”, “PIX elástico” e até “PIX boomerang”. Porque a grana vai e volta até o dono original perder a paciência.
Comerciantes, taxistas, motoristas de aplicativo e prestadores de serviço já estão em alerta: o que era para ser ferramenta de proteção pode virar a institucionalização do calote.
E o mais irônico: a solução contra o golpe pode acabar criando o golpe do golpe. É como trocar o ladrão pelo malandro de gravata.
Moral da história: o PIX, que já era o queridinho do Brasil, agora corre o risco de virar personagem de novela — cheio de drama, disputa e final imprevisível.
